Sem desprezar o caráter especial do dia, a diretoria do Sindnapi de Brumadinho organizou evento que mesclou a comemoração pela passagem daquela data com a manifestação discordante das propostas que pretendem elevar a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de homens e mulheres, nos setores público e privado, livrando apenas os militares do alcance das novas normas previdenciárias. Pelas regras propostas pelo Governo Temer, o trabalhador que desejar se aposentar recebendo a aposentadoria integral deverá contribuir por 49 anos e terá um período médio de usufruto do benefício de somente 10 anos.
Foi o que disse o advogado Juliardi Ziviano, que atende os aposentados do município, ao negar a existência de um saldo negativo na Previdência, conforme alardeia a equipe econômica do governo federal. Ele afirmou que os benefícios arrecadados dos trabalhadores são suficientes para custear o seguro social e, ainda, manter o reajuste dos benefícios alinhados ao salário mínimo.

CONDENAÇÃO À REFORMA
Em nome de Vandeir Messias, presidente da Força Minas, Rogério Aquino lamentou que o aposentado não tenha motivos para comemorar o dia dedicado a ele e que o governo exija mais sacrifício de quem trabalha. O mesmo ponto de vista foi frisado por Carlos Moreira, presidente do Sindnapi mineiro, que manifestou a indignação com as medidas negativas apresentadas pelo presidente da república.
Metalúrgico aposentado, Carlos Alberto dos Passos, o conhecido “Carlão do Idoso”, coordenador do Movimento de Luta Pró-Idoso, destacou a liderança de Cosme Jesus Cunha, coordenador do Sindnapi de Brumadinho, e lembrou que muitos que hoje estão com os cabelos brancos um dia foram “carapintadas”, que lutaram pela democratização do Brasil. Para Carlão, atos como aquele ocorriam em todo o País, que discordava da intensão do governo.

O sindicalista expressou o contentamento com o comparecimento de centenas de pessoas no ato promovido pelo Sindnapi e creditou o sucesso ao emprenho dos diretores da entidade e ao apoio da Força Sindical.